Vol 1No 01abril 2020

O ‘índio’ sob o olhar do Império: política indigenista, modernização e conflito no Brasil do século XIX (1860-1889)

Vol. 1No. 01abril 2020pp. 94-113
Palabras clave: 
  • Brasil,
  • indígenas,
  • política indigenista,
  • modernização,
  • século XIX

Vistas al resumen: 673 | Descargas: 567

Resumen

O contexto da segunda metade do século XIX no Brasil é caracterizado pela realização de uma série de iniciativas, particulares e estatais, voltadas a modernizar o país. Neste artigo, a partir da análise dos relatórios do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1860-1889), o objetivo será discutir o sentido, os motivos e os significados da política indigenista imperial e sua articulação com a perspectiva de que o Brasil deveria ser modernizado. Dessa forma, a proposta visa debater o lugar que foi reservado às populações indígenas naquele contexto, demonstrando o papel que, segundo a ótica dominante, elas deveriam desempenhar para garantir o sucesso da modernização da sociedade brasileira.

Cómo citar

Both da Silva, M. A. (2022). O ‘índio’ sob o olhar do Império: política indigenista, modernização e conflito no Brasil do século XIX (1860-1889). Historia Agraria De América Latina, 1(01), 94–113. https://doi.org/10.53077/haal.v1i01.17 (Original work published 19 de julio de 2022)

Citas

  1. Almeida, R. C. (2012). Os índios na História do Brasil no século XIX: da invisibilidade ao protagonismo. História Hoje (1): 2, 21-39. https://doi.org/10.20949/rhhj.v1i2.39.
  2. Alonso, A. (2002). Ideias em movimento: a geração de 1870 na crise do Brasil Império. São Paulo: Paz e Terra.
  3. Alonso, A. (2015). Flores, votos e balas: o movimento abolicionista brasileiro (1868-1888). São Paulo: Companhia das Letras. (E-book).
  4. Amoroso, M. R. (1998). Catequese e evasão. Etnografia do Aldeamento indígena São Pedro de Alcântara, Paraná (1855-1895). Tese de Doutorado. São Paulo: Programa de Pós-graduação em Antropologia, Universidade de São Paulo.
  5. Andrade, A. M. M. (1879). Relatório com que o Exmo. Sr. Dr. Américo de Moura Marcondes de Andrade passou a administração desta Província ao Exmo. Sr. Dr. Felisberto Pereira da Silva, no dia 26 de janeiro de 1879. Porto Alegre: Tipografia do Jornal do Comércio.
  6. Azevedo, C. M. (1987). Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites, século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
  7. Barth, F. (1998). Grupos Étnicos e suas Fronteiras. Em: Poutignat, P., Streiff-Fenart, J. Teorias da etnicidade seguido de Grupos Étnicos e suas Fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: Unesp.
  8. Brasil. (1862). Coleção das decisões do Governo do Império do Brasil. Tomo XXV. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional.
  9. Christillino, C. L. (2012). Sob a pena presidencial: a lei de terras de 1850 no Rio Grande do Sul e a negociação política. Tempo 32, 223-245. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-77042012000100010.
  10. Cunha, M. C. (1992). Política indigenista no século XIX. In: Cunha, M. C. (Org.). História dos índios no Brasil (pp.133-154). São Paulo: Companhia das Letras.
  11. Cunha, M. C. (Org.). (1992a). Legislação indigenista no século XIX. São Paulo: Edusp.
  12. Dornelles, S. S. (2017). A questão indígena e o Império. Índios, terra e trabalho na província paulista, 1845-1891. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Campinas.
  13. Dornelles, S. S. (2011). De Coroados a Kaingangs. As experiências vividas pelos indígenas no contexto da imigração alemã e italiana no Rio Grande do Sul do século XIX e início do XX. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  14. Hobsbawm, E. J. (1991). Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
  15. Hobsbawm, E. J. e Ranger, T. D. (Org.). (1997). A invenção das tradições. São Paulo: Paz e Terra.
  16. Lobo, E. M. L. (1972). História político-administrativa da agricultura brasileira (1808-1889). Niterói: UFF.
  17. Machado, M. M. (2012). Entre fronteiras: posses e terras indígenas nos sertões (Rio de Janeiro, 1790-1924). Guarapuava: Unicentro.
  18. Matos, I. (2004). O Tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec.
  19. Monteiro, J. M. (2001) Tupis, Tapuias e historiadores. Estudos de História Indígena e do Indigenismo. Campinas: Tese (Concurso de Livre Docência). Departamento de Antropologia da Unicamp.
  20. Motta, M. (2008). Nas fronteiras do poder: conflito e direito à terra no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: Eduff.
  21. Nunes, F. A. (2016). Terras de Colonização: agricultura e vida rural ao Norte do Império brasileiro. São Paulo: Scortesi.
  22. Oliveira, R. C. (1981). O índio e o mundo dos brancos. Brasília: UNB.
  23. Pula Sousa, A. F. (1866). Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Rio de Janeiro: Tipografia Perseverança.
  24. Sampaio, P. M. (2009). Política indigenista no Brasil Imperial. In: Grinberg, K.; Salles, R. (Orgs.). O Brasil Imperial (1808-1889) (pp. 175-206). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
  25. Santana, P. A. (2015). Os índios em Sergipe oitocentista: catequese, civilização e alienação de terras. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal da Bahia.
  26. Santos, F. S. Ações colonizadoras em descompasso: legislação, propaganda e atuação de colonos estrangeiros nos últimos anos do Império e início da República no Pará. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Pará, 2016.
  27. Scott, J. (1985). Weapons of the weak. Everyday Forms of Peasant Resistance. Yale: Yale University Press.
  28. Silva, M. A. B. (2016). Caboclos e colonos: encontros, ocupação e conflitos nas matas do Rio Grande do Sul (1850-1889). Curitiba: Prismas.
  29. Silva, M. A. B. (2011) Babel do Novo Mundo: povoamento e vida rural na região de matas do Rio Grande do Sul (1889-1925). Niterói: Eduff.
  30. Silva, R. A. (1888). Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.
  31. Silva, R. A. (1889). Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa na quarta sessão da vigésima legislatura pelo Ministro e Secretário de Estado Interino dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.
  32. Silva, T. M. F. P. (1871) Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Rio de Janeiro: Tipografia Universal de E. & H. Laemmert.
  33. Sinimbu, J. L. V. C. (1854). Relatório do Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu na abertura da Assembleia Legislativa provincial em 2 de outubro de 1854. Porto Alegre: Tipografia do Mercantil.
  34. Souza, A. A. (2012). Armas, pólvora e chumbo. Expansão luso-brasileira e os indígenas do planalto meridional na primeira metade do século XIX. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina.
  35. Sposito, F. (2006). Nem cidadãos, nem brasileiros: indígenas na formação do Estado Nacional brasileiro e conflitos na província de São Paulo. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade de São Paulo.
  36. Zarth, P. A. (1997). História Agrária do Planalto gaúcho (1850-1920). Ijuí: Unijuí.